Ao ver aquele rosto no meio de tantos teve idéias rápidas e sem importância. Ao se deitar,o rosto de homem aqueceu seu quase sono, pensava naqueles grandes olhos. Já não havia como escapar. Entregara-se então sobre uma calçada áspera e deserta, como se naqueles grandes olhos estivesse sua chance preciosa. Nunca havia gritado tanto, não que não tivesse tentado. Mas aquilo sim devia ser isso que chamam ardor, pensava. Antes de dormir relembrava cada gesto e gemido, em seus ouvidos ainda ecoavam a saliva abundante. Porém, tinha a certeza de que não desejava vê-lo mais. Tinha tido o suficiente e estava grata.
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