A vulva disse pra Deus: Deus, santo Deus, que canta em meus ouvidos, diga-me o que pensava enquanto projetava tão cheirosa e tão minha vulva? Deus nada disse. Olhou-a por segundos compridos, em busca de resposta que não vinha pronta. Disse então a vulva: Vamos, ó Deus meu, que me criaste cheirosa e oferecida, diga-me num rompante sobre sua invenção. E então disse Deus com sinceridade de Deus: ó vulva mortal, te fiz para o pecado do amor e do pouco amor, e para andar pra lá e pra cá e para só depois voltar pra mim, assim num dia à toa, para que eu possa viver a te esperar. Sinto teu cheiro voltando, teu cheiro voltando.
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